Amarás o Senhor,teu Deus, com toda a tua alma, com todo o teu coração, com todas
as tuas forças! Ouvíamos, há oito dias, esta belíssima fórmula de oração judaica, no
diálogo entre Jesus e o escriba. Agora, ao vivo, no templo, Jesus confronta a
soberba, a avidez e a hipocrisia dos escribas, que jogam as sobras, com a
gratuidade, a confiança e a generosidade da viúva que dá tudo o que tem para viver.
Na conclusão da Semana de Oração pelos Seminários, tenhamos presentes os
seminaristas e os seus formadores.
Votos de um Santo Domingo e de semana abençoada
Deus de todo o amor, que sois o dom mais precioso, abri as nossas mãos para
que repartam e os nossos corações para que acolham os que sofrem por não
terem pão, nem fé, nem esperança, nem amor.
Examinemos os nossos ofertórios na Eucaristia. Um dos sinais da sua
degeneração é termos trocado a palavra ofertório (oferta, oblação, dádiva,
partilha) pela palavra peditório, com uma ressonância penosa e humilhante.
Pervertemos assim este gesto tão belo, que acompanha a apresentação dos
dons do pão e do vinho, porque, ao oferecermos dinheiro, não é uma esmola
que damos a quem pede; é a oferta do nosso trabalho, é o sinal efetivo da nossa
partilha, é a manifestação do nosso desprendimento, é a expressão concreta da
nossa atenção aos pobres e a nossa resposta às necessidades materiais da
comunidade. Não é dinheiro que damos para um peditório qualquer, uma
espécie de imposto, para pôr a funcionar a economia da salvação. Não. É o sinal
da oferta e do sacrifício da nossa vida inteira, é o nosso contributo para a vida
da comunidade, para a prática da caridade. Nesta oferta, associamo-nos ao
sacrifício de Cristo, que tem o preço impagável da Cruz. Aprendamos a dar com
discreta alegria e ensinemos os mais pequeninos a fazê-lo com a ternura do
amor.