É a partir da Aliança entre Deus e o Seu Povo, que se compreende o Decálogo. É a
partir desta Aliança, que se entendem as «Dez Palavras», que nos habituámos a
designar por 10 Mandamentos. O Decálogo é o Documento da Aliança, o compromisso
fundamental entre Deus e o Seu Povo. Precisamente, na Arca estavam guardadas as
duas tábuas de pedra, as Tábuas da Aliança ou Tábuas do Testemunho.
Votos de um Santo Domingo, de uma semana abençoada e de uma Quaresma
fecunda!
Quanto amo, Senhor, a vossa lei!
Nela medito todo o dia.
Vós me fizestes mais sábio que meus inimigos,
porque tenho sempre comigo os vossos mandamentos.
Tornei-me mais sábio que todos os meus mestres,
porque medito sempre as vossas ordens.
Sou mais sensato que os anciãos,
porque observo os vossos preceitos.
Desviei os meus pés de todo o mau caminho,
a fim de guardar a vossa palavra.
Não me tenho afastado dos vossos juízos,
porque sois Vós quem me ensina.
Salmo 118
E corrige-o não só com a sua Palavra de sabedoria, mas com os acontecimentos da vida,
que se transformam em verdadeiros “ensinamentos” (cf. Dt 8,2-3). E qual é o filho a
quem o pai ou a mãe não corrige? (cf. Dt 8,5; Heb 12,6).Mas, para que uma correção seja
acolhida por quem a recebe, como sinal de preocupação pelo seu maior bem, é muito
importante que não seja aplicada em estado de ira, num clima emocional de descontrolo
dos educadores. Senão, a correção é apenas disfarce de uma vingança, de uma afirmação
de poder do mais forte sobre o mais fraco. Pelo contrário, quem é corrigido com amor
sente-se tido em consideração, dá-se conta de que reconhecem as suas potencialidades e
aceita a correção como um estímulo de crescimento.
A Escritura fala em «dez palavras» e não em “dez mandamentos”. Por isso, aprendamos
da pedagogia divina a percorrer com paciência, benevolência e compaixão este diálogo
educativo, que integre a sensibilidade e a linguagem própria dos mais novos, até que estes
compreendam a importância de certos valores, princípios e normas, em vez de lhos
impormos como verdades indiscutíveis