O dia 1 de setembro é o Dia Mundial de Oração pela Criação, uma tradição rica dos
nossos irmãos cristãos ortodoxos, que, pouco a pouco, foi abraçada pelas outras
Igrejas cristãs e também pela Igreja Católica, desde o ano de 2015. Entre 1 de
setembro, Dia Mundial de Oração pela Criação, e 4 de outubro, memória litúrgica de
São Francisco de Assis, somos desafiados a viver, com todos os cristãos, o Tempo da
Criação. É oportunidade para vivermos "a nossa vocação de guardiães da obra de
Deus, como parte essencial de uma vida cristã virtuosa" (LS 217).
Votos de um Santo Domingo e de uma semana abençoada!
O cuidado pela criação implica, de facto, o cuidado por este planeta Terra do
qual nós fazemos parte, não simplesmente habitamos, mas fazemos parte.
Portanto, este mês de setembro é um tempo para consciencializarmos como
muito da nossa experiência cristã, e da nossa fé também, passa por cuidar
desta casa que nos acolhe, desta casa que fazemos parte.
Vem tudo isto a propósito do (deste) 1.º dia de setembro, que foi proclamado Dia de
Oração pela Criação, pela Igreja Ortodoxa Oriental, em 1989. A data foi acolhida por
outras grandes igrejas cristãs e pelo Papa Francisco, para a Igreja Católica, em 2015.
Desde então unimo-nos a todos os cristãos, para celebrar este Tempo da Criação,
entre os dias 1 de setembro, Dia Mundial de Oração pela Criação, e 4 de outubro, Dia
de São Francisco de Assis. Este ano, o tema proposto é «Esperar e agir com a
Criação». O tema inspira-se como já reflectimos nas palavras de São Paulo, a
respeito desta Criação, que geme e sofre, esperando a libertação da corrupção que
escraviza e a gloriosa liberdade dos filhos de Deus (cf. Rm 8,19-25). Na verdade, na
raiz da crise ecológica, está uma crise antropológica, isto é, na raiz de todo o mal,
está sempre o coração humano, ferido pelo pecado (cf. LS 2), do qual como nos
dizia Jesus (Mc 7,21-23) brotam todos os vícios, tais como a cobiça, a inveja, a
injustiça, a avareza. Dominado por estes e outros vícios, o ser humano, centrado em
si mesmo, já não se importa com o que possa suceder com os efeitos nefastos sobre
a Criação, que afectarão as gerações sucessivas!