Não é quem diz "Senhor, Senhor" que entrará no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade do Pai, assumindo a sua paixão e encanto,
dedicando-se em fazer frutificar a doçura do coração! Afinal o que
importa é cuidar melhor do nosso amor; é cuidar da consciência que que
Deus me ama. Se considerássemos o seu imenso amor por nós ficaríamos
também desde logo rendidos e ser-nos-ia impossível desiludi-Lo! E assim
acreditaríamos no Evangelho.
Votos de um Santo Domingo e de uma semana abençoada!
Pai amoroso, eis-me aqui, envia-me! Quão feliz é a vida que te serve!
Afasta de mim todo o cálculo que envenena a minha entrega e a condiciona.
Corrige a presunção de irrepreensibilidade que me cega, pois só Tu és fiel.
Tu me amas, o Deus bom, justo e fiel, quero corresponder à tua graça, ao teu
amor,
Quero assentar a minha fidelidade na tua permanente solicitude, que me ama e
chama.
Acolhe os gérmenes de generosidade que há em mim... amo-te, Senhor: envia-me!
Ambos os filhos foram brindados com o mesmo convite, ambos os filhos tiveram a
mesma oportunidade de responder por palavras e por obras. Não coagidos, mas
convidados. Amados, porque quem ama confia. Vai!... É um caminho colocado à
minha responsabilidade, é o tesouro de uma confiança que me pede uma opção. O
nosso Deus é um Deus que pede e que confia, que não nos amarra a leis arbitrárias,
saídas de um outro mundo, mas nos pede a leitura de uma lei divina, escrita na nossa
humanidade: o amor. Como não entrar nesta reciprocidade de respeito, que deixa
intacta a minha liberdade? Ficamos perplexos porque os “impuros”, os mal vistos, os
que têm atrás de si uma história nada recomendável, mal se abrem à Graça são logo
acolhidos por Deus! Traziam a alma ferida de erros, faminta de verdade, e
acreditaram, corresponderam à confiança de Deus, com amor ao amor de Deus!
Afinal basta amar, para fazer render o coração de Deus, para o vencer!