JMJ: Vaticano quer «jovens gerações» no centro da atenção pastoral da Igreja2021-05-19
Dicastério Romano apresentou novas “Orientações pastorais para a celebração da Jornada Mundial da Juventude nas Igrejas particulares”
O Vaticano apresentou hoje novas orientações pastorais para a celebração da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O Novo documento quer que esta jornada seja uma “festa da fé”, e que adapte, de “forma criativa”, a realização a nível internacional.
Uma das novidades prende-se com a celebração diocesana que passa a acontecer na solenidade de Cristo-Rei, em vez do Domingo de Ramos por decisão do Papa Francisco.
“Sem o Reino de Cristo, toda verdadeira fraternidade e toda autêntica proximidade com aqueles que sofrem desaparecem”, lê-se no documento.
As orientações estabelecem uma ligação entre a celebração diocesana e o Dia Mundial dos Pobres, celebrado no Domingo anterior, e pedem que se promovam “tarefas de trabalho voluntário, serviço gratuito e a autodoação”.
“É necessário ter a coragem de envolver e confiar papéis ativos aos jovens, tanto aqueles que vêm das diferentes realidades pastorais presentes na diocese quanto aqueles que não pertencem a nenhuma comunidade, grupo de jovens, associação ou movimento”, refere o texto, tornado publico esta manhã numa conferência de imprensa, no Vaticano.
Elaborado pelo Dicastério do Vaticano para os Leigos, a Família e a Vida (DLFV) o documento considera que é “necessário fazer com que as jovens gerações percebam que estão no centro da atenção e da solicitude pastoral da Igreja”.
A celebração da JMJ merece lugar de destaque no documento que sustenta que a mesma deve fazer parte de um “caminho pastoral mais amplo”, criando uma “festa da fé” e um renovado “impulso missionário”.
Fazer uma “experiência de fé” e de “discernimento vocacional” que visa responder a um “chamamento à santidade” passa a ser outro dos ‘faróis’ orientadores para a celebração.
“Não há necessidade de temer propor aos jovens a escolha inevitável daquele estado de vida que está de acordo com o chamamento que Deus dirige a cada um deles individualmente, seja o sacerdócio ou a vida consagrada, também na forma monástica, ou o matrimónio e a família”, indica.
A “experiência de fraternidade universal”, experimentada nas edições internacionais, pode ter eco nas celebrações diocesanas permitindo que a JMJ seja “uma ocasião de encontro para os jovens, não só para os jovens católicos”.
“Que os jovens que vivem numa determinada área se reúnam e dialoguem uns com os outros, para além de suas crenças, de sua visão de vida, de suas convicções”, considera o documento.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida sustenta que as várias comunidades católicas devem dedicar “atenção especial à celebração da Jornada Diocesana da Juventude”, para que ela possa ser “devidamente valorizada”.
“Investir nos jovens significa investir no futuro da Igreja, significa promover as vocações, significa iniciar efetivamente a preparação remota das famílias de amanhã. É, portanto, uma tarefa vital para cada Igreja local, não simplesmente uma atividade acrescentada a outras”, indica o organismo da Santa Sé.
Na conferência de imprensa o padre Alexandre Awi Mello, secretário do DLFV, afirmou o compromisso firme do organismo do Vaticano na preparação da JMJ de Lisboa 2023.
"Estamos a preparar-nos para Lisboa, com toda a força”, afirmou.
Educris|18.05.2021